Com o mercado imobiliário aquecido, a intenção de compra de imóveis disparou em Campo Grande, conforme o Censo Imobiliário do 2º trimestre de 2025. Apesar de confirmar o cenário otimista da construção civil na capital, o estudo traz um alerta: caso não haja novos lançamentos, o estoque imobiliário pode acabar em até quatro meses.
O censo também aponta algumas curiosidades. O apartamento lidera como o modelo mais desejado (46%), seguido de perto pela casa de rua (41%). O principal motivador é sair do aluguel, apontado por 48% dos entrevistados.
Em Mato Grosso do Sul, quase 70% da população manifesta o desejo de comprar um imóvel nos próximos 24 meses. O levantamento foi realizado pela Brain Inteligência Estratégica, com apoio do Senai/MS.
Segundo o presidente do Sinduscon/MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul), Kleber Recalde, a conjuntura local favorece esse movimento:
“Temos uma economia que se destaca no cenário nacional e uma oferta menor em relação à demanda. Além disso, a geração de emprego e renda no estado é superior à média do país, o que significa mais famílias buscando moradia e qualidade de vida. Esse é um momento bastante favorável para o setor em Campo Grande.”Kleber Recalde.
Para o presidente do Sinduscon, o Censo funciona como um guia estratégico para os empresários do setor:
“O Censo Imobiliário não é apenas um retrato do mercado, mas uma bússola. Ele nos dá clareza para investir com responsabilidade e planejar o futuro da construção civil em Campo Grande.”Kleber Recalde.
Apesar do interesse de compra do consumidor, o mercado de Campo Grande vive um processo de ajuste após um ciclo de alta. Caso não haja novos lançamentos, o estoque imobiliário disponível pode se esgotar em até quatro meses, alerta a pesquisa.
Minha Casa, Minha Vida
Paralelamente ao resultado do Censo, divulgado nesta semana, a prefeitura também confirmou que 1.280 novas moradias devem ser construídas nos próximos meses, por meio do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. A Prefeitura de Campo Grande realizou, nesta terça-feira (9), uma reunião técnica para discutir o andamento dos empreendimentos cadastrados no programa, na modalidade FAR (Fundo de Arrendamento Residencial).
Entre os empreendimentos estão:
- Residencial Zélia Gattai, no Bairro Tarumã, com 160 apartamentos de 47,10 m² e área de lazer completa;
- Residencial Leblon, no Jardim Leblon, que prevê 192 apartamentos, também com sacada e infraestrutura de esporte e convivência;
- Residencial Antônio Ferreira Barbosa, no Bairro Centenário, que terá 192 unidades de 48,59 m², distribuídas em 12 blocos, com academia, playground, quiosques, redário e quadra de beach tennis.
Outro destaque são os três Residenciais Multifamiliares Verticais, que serão construídos no Bairro Los Angeles, totalizando 736 novos apartamentos, distribuídos em 46 torres.
Cada condomínio seguirá o modelo de habitação compacta e funcional, com unidades de aproximadamente 42 m², compostas por dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e varanda.
O FAR 1 (Fundo de Arrendamento Residencial) é a modalidade do programa Minha Casa, Minha Vida voltada para atender famílias de baixa renda, garantindo acesso à moradia digna, com subsídio praticamente integral do Governo Federal. Nessa faixa, os beneficiários não precisam recorrer a financiamentos bancários tradicionais, o que torna possível contemplar aqueles que mais necessitam.
Fonte: Primeira Página MS